A experiência missionária na Amazônia, mais especificamente no Estado do Amazonas, foi marcada pelas visitas às comunidades conventuais e paroquias de Manaus, Tefé e Juruá, e às comunidades ribeirinhas e indígenas que pertencem ao nosso território pastoral. Foi para esta Experiência Missionária 2021-2022, Frei André Moreira Lima, OFMConv, Frei Fernando Pereira Junior, OFMConv e eu, Frei Gederson Marques Nunes, OFMConv.

      Antes mesmo de ser convidado a fazer a experiência missionária na região da Amazônia brasileira, desde que ingressei no Postulantado em 2015, com três irmãos amazonenses, dos quais estão entre nós, frei Diogo Kennedy, OFMConv e Frei Thiago Oliveira, OFMConv, meu coração sempre esteve curioso para conhecer tal realidade, tão amada e querida por eles. O testemunho dos irmãos, desde cedo, me fez tão logo nutrir singular expectativa por uma realidade eclesial que para mim apresentava-se como novidade na caminhada cristã.

      Tendo, pois, passados alguns anos de formação, o desejo de conhecer a realidade, tão amada por uns, mas tão desafiadora para outros, me fez querer conhecê-la e fazer a experiência pessoal e, só assim poder constatar o que vive nossos confrades naquela região, os desafios e esperanças; as dificuldades, mas sobretudo, a entrega de nossos confrades à missão, na doação às pessoas, no cuidado com os necessitados, no gerar esperança a tantos desesperançados, apresentando oportunidades de libertação espiritual e social.

      Sabia desde então, que a experiência missionária se resumiria em conhecer a realidade do povo, na sua ampla diversidade sociocultural; e conviver com os frades missionários, nas comunidades conventuais. Ambas experiências foram significativas e marcou meus 7 anos de ingresso na Ordem, foi sem dúvida uma experiência singular, minha vida eclesial a partir de então, será conduzida, mediada pelo “caminho amazônico”, não terá como esquecer a rica experiência de cunho cultural e eclesial; a igreja na Amazônia mais ensina, do que precisa ser ensinada. Minha breve experiência me fez constatar que ser missionário é pisar no “solo alheio” com os pés na direção dos que já vivem naquele solo sagrado, é avistar na diversidade de etnias e povos a realidade divina que o cerca e a peculiaridade que estes possuem de estabelecer proximidade com o Criador.

      Segundo nosso Pai São Francisco, o frade que vai em missão, sendo autorizado pelo Ministro, “pode viver espiritualmente entre eles de dois modos. Um modo é: não entrar em litígios, nem em contendas, mas que sejam súditos de toda humana criatura por causa de Deus e confessem cristãos. O outro modo é: quando virem que agrada ao Senhor, anunciem a palavra de Deus Onipotente, Pai e Filho e Espírito Santo” RNB 16,5-7. O estilo franciscano de evangelização aos povos, requer abertura à compreensão do diferente. E isso, nossos frades já desenvolvem na região da Amazônia; contudo, pede que assumamos, cada vez mais, o projeto evangélico de Jesus Cristo embasados, sobretudo, no diálogo e cordialidade, na expectativa de reanimar a fé e comprometer-se pacientemente, por todos, inclusive àqueles que a resistem à nossa realidade eclesial. O trabalho é mais amplo, fazer presença, estar com eles, talvez seja um dos nossos maiores testemunhos na região da Amazônia. E, Dom Frei Agostinho, de maneira bastante discreta foi testemunho persistente de entrega e doação ao povo de Deus, evidenciando assim, sua total entrega ao projeto de Jesus Cristo. Aprendamos com os que nos precederam. 

      Percebi ainda que, a vida que os frades levam naquela região é muita simples e por vezes desafiadora, não raras vezes ouvi dos confrades apelos para que conseguissem recursos para as visitas às comunidades ribeirinhas e indígenas. A vida conventual segue em sintonia com a realidade local, não há o que esbanjar e o que se tem no convento, os frades partilham entre os jovens e paroquianos necessitados. O testemunho conventual, nas dificuldades e renúncias, me saltou aos olhos, seja pelas orações comunitárias, pelo convívio fraterno entre os irmãos, seja ainda, pela atenção dada ao povo em cada comunidade que estamos presente.

      Há muito trabalho pela frente, e quero a partir desta experiência incentivar e contribuir para que aqueles que chegam até nós, vocacionados à vida missionária franciscana encontre em nosso meio apoio e incentivo fraterno. Quero, no meu trabalho pastoral atual, no Serviço de Animação Vocacional sonhar com os jovens que sonham com a missão, animá-los para que o projeto evangélico naquelas terras seja cada vez mais motivado, que nossa fraternidade a abrace como projeto da Ordem, para que aqueles que sentem-se chamados à missão não avistem em nós rejeição e desânimo, mas compromisso, no cuidado para com a vocação do outro, por reconhecermos que a especificidade da missão na Amazônia só será mantida se fortalecermos entre nós o reto desejo de acreditar no irmão, de sonhar com ele, de mistificar o chamado singular do Senhor a cada coração.

      Assim, expresso minha gratidão a Província São Maximiliano Maria Kolbe do Brasil, no Ministro Provincial, frei Gilberto de Jesus Rodrigues, OFMConv, pela oportunidade de conhecer mais uma realidade das nossas presenças. Ao frei Flavio Freitas de Amorim, OFMConv, formador da Casa de Formação São Francisco de Assis, pelo convite, incentivo e acompanhamento na missão. Aos nossos frades das comunidades conventuais de Manaus, Tefé e Juruá, pelo cuidado e convívio fraterno. Ao povo de Deus pelo carinho e entusiasmo. Carrego desde já, com apreço e admiração os que em terras amazônicas se dedicam à missão, trarei comigo as dificuldades e esperanças. Unindo-me às comunidades conventuais e paroquiais fraternal e espiritualmente elevo minhas orações para que sob o influxo do Espirito Santo a missão continue a dar frutos a seu tempo e fomente em nosso meio abundantes vocações missionárias.

Paz e Bem!

Frei Gederson Ap. Marques Nunes, OFMConv.

Brasília, 31 de outubro de 2022.

      No último sábado, dia 22 de outubro, aconteceu a ordenação presbiteral do Frei Jesus Rodrigues do Amaral pela imposição das mãos de Dom Fernando, bispo emérido do Ordinariado Militar. A celebração aconteceu no Santuário Jardim da imaculada, na Cidade Ocidental (GO) e estiveram presentes o Ministro Provincial, Frei Gilberto de Jesus (OFMConv), representando a Província São Maximiliano Maria Kolbe e o Custódio Provincial, Frei Carlos Charles (OFMConv), representando a Custódia Imaculada Conceição do Rio de Janeiro (RJ). Também estiveram presentes outros frades da jurisdição do Rio de Janeiro e de Brasília, bem como familiares, parentes e amigos. Que Deus abençoe a vida e o sacerdócio do Frei Jesus Rodrigues e que ele possa sempre crescer em conhecimento e graça na vida de consagrado religioso.

 Ereção da Paróquia Santa Clara- Sol Nascente -DF

       É com grande satisfação que a “Província São Maximiliano M. Kolbe”, após a devida reflexão na comunidade conventual e sendo o tema aprofundado pelo Conselho provincial no  ano de 2021 que o Ministro Provincial  frei Gilberto de Jesus Rodrigues OFMConv,  apresentou a  proposta do projeto de Evangelização na área do Sol Nascente-Ceilândia, no qual a  “ Capela Santa Clara ”  da Paróquia São Marcos e São Lucas, no Setor Sol Nascente, pudesse  ser erigida como “Paróquia de Santa Clara” para o crescimento do trabalho de Evangelização. Nossa profunda gratidão ao Cardeal Dom Paulo César e seu Conselho Presbiteral que ao longo de meses refletiram   e sendo aprovado pelo Cardeal a ereção da Paróquia Santa Clara no Sol Nascente.  n

       No dia 23 de outubro de 2022 , à comunidade provincial,  e comunidade  de Santa Clara  se reunião junto ao  Cardeal Metropolitano de Brasília Dom Paulo César , para a celebração da ereção da paroquia Santa Clara , sendo empossado o frei Henrique como pároco desta nova paróquia. 

       A Paróquia Santa Clara tem cerca de 2.625 metros  de área, está num  setor que  iniciou como explosão demográfica, com  ocupações irregulares entre os anos de 1980 e 1990. Faz parte desta  nova paróquia às seguintes  capelas :  de São Benedito, de Nossa Senhora da Estrada,  de Santo Antônio,  de Felipe Neri   e outras.  Setor com  cerca de 100 mil pessoas residindo , e sendo  uma área  territorial considerada a segunda maior favela do Brasil. Esse povo de fé  agradece pela confiança do Cardeal nas  capacidades o desenvolvimento desta  nova  paróquia. 

       Ontem (18), Festa de São Lucas, aconteceu no Mosteiro de Santa Clara do Deus Trino – Brazlândia (DF) – a profissão religiosa da Irmã Maria Rafaela. A solenidade foi presidida pelo Frei Gilberto de Jesus Rodrigues (OFMConv), Ministro Provincial. Também estiveram presentes o Frei José Adriano (OFMConv), guardião e pároco da Paróquia São Maximiliano; Frei Marcos Pereira (OFMConv), diretor espiritual; Frei Herton Alcântara (OFMConv), guardião e pároco do Santuário São José; Frei Romilson Silva (OFMConv), guardião do convento São Pedro Apóstolo e Frei Ennis Cláudio (OFMConv), vice formador do Pré Noviciado Santa Maria dos Anjos. 

       Também marcaram presença os Frades Capucinhos (OFMCap), membros da Ordem Terceira (OFS), algumas irmãs, amigos, e membros da Paróquia São Maximiliano.

       Que a Irmã Maria Rafaela possa crescer no dom de sua vocação, em fé, amor e graça a Nosso Senhor Jesus Cristo.

       Aconteceu hoje (17) a celebração fraterna do aniversário do vigário provincial, Frei Flávio Amorim (OFMConv.), na Capela da Casa de Formação São Francisco de Assis, na Asa Norte (DF). A comemoração teve início com a Santa Missa às 11h, seguida de almoço fraterno, no refeitório da mesma Casa de Formação.

       Estiveram presentes vários frades professos simples e solenes, bem como os seminaristas da Casa de Formação São Francisco e da Casa de Formação Santa Maria dos Anjos, em Santa Maria (DF). Também marcaram presença as irmãs da Sagrada Família, a mãe e a irmã do aniversariante e alguns paroquianos também vieram prestigiar o Frei Flávio.

       Em sua homilia, o Ministro Provincial, Frei Gilberto de Jesus (OFMConv.) ressaltou a importância do dom da vida do Frei Flávio, bem como a importância da vocação e doação dele para com os irmãos, a Missão, a Província e a Ordem dos Frades Menores Conventuais. Oremos pelo dom da vida e pela vocação do Frei Flávio Amorim!

       Ontem (4), dia de São Francisco de Assis, aconteceu no Seminário São Francisco de Assis da Asa Norte o encontro das Casas de Formação da Província São Maximiliano Kolbe, por ocasião da Solenidade de Nosso Seráfico Pai. O encontro teve como objetivo aprofundar a vivência dos valores da vida franciscana, meditando sobre a vida de São Francisco de Assis. Estiveram presente os postulantes, os pré-noviços e frades professos,  juntamente com seus formadores, Frei José Roberto (OFMConv);  Frei Mayko Ataliba (OFMConv); Frei Ennis Cláudio (OFMConv); Frei Flávio Amorim (OFMConv) e Frei Casimiro Cieslik (OFMConv).  

       Foi um dia valoroso e significativo com atividades diversas, permitindo que os formandos vivessem com reverência e respeito este dia. Também marcou presença, junto aos formandos e formadores, o nosso Ministro Provincial, Frei Gilberto de Jesus (OFMConv). O mesmo celebrou a Missa no Santuário  São Francisco de Assis e teve como concelebrantes os  formadores. Os formandos participaram da celebração e se mantiveram o dia inteiro na Asa Norte para participarem das demais atividades festivas.

       Neste dia de São Francisco de Assis, a programação estabelecida foi a seguinte:

• 8h Missa no Santuário São Francisco de Assis;
• 11h Oração do meio dia;
• 12h Almoço Fraterno;
• 16h Esporte e lazer.;

       Os professos do Seminário São Francisco de Assis tiveram o compromisso de abençoar os animais trazidos por paroquianos do Santuário São Francisco de Assis. O dia foi propício para que nossa Província vivesse com profundidade a espiritualidade de São Francisco de Assis e também ter a experiência de vivenciar ao lado dos formandos um dia fraterno em reverência ao nosso seráfico Pai São Francisco de Assis.

Segue abaixo um pequeno resumo de São Francisco de Assis em um livreto interativo.

       Hoje (4), aconteceu no Santuário São Francisco de Assis na Asa Norte (DF), a Santa Missa em comemoração ao dia do padroeiro da Ordem dos Frades Menores Conventuais, São Francisco de Assis.

       A Santa Celebração foi presidida pelo Ministro Provincial, Frei Gilberto de Jesus (OFMConv) e contou com a presença dos formadores e formandos do postulantado, pré-noviciado e pós-noviciado. Também estiveram presentes os alunos da Escola Sagrada Família Menino Deus, que é gerenciado pelas Irmãs da Sagrada Família. Além destes, marcaram presença também o povo de Deus e seus animais de estimação.

       Durante a sua homilia, Frei Gilberto de Jesus falou sobre a vida e história de São Francisco, ressaltando os três pilares para a conversão do mesmo que foram: A Cruz, a Palavra e a Igreja.

       Após a Santa Missa, aconteceu a bênção dos pets na Casa de Formação São Francisco de Assis, pelas mãos dos frades que moram na casa.

       A todas e todos, feliz dia de São Francisco de Assis. Paz e Bem!

            São Francisco de Assis nasceu em 1182, em Assis, Itália. Seu pai era Pedro Bernardone, um rico comerciante que trazia tecidos da França, era da ascendente burguesia da época. Sua mãe era dona Pia, mulher dócil, culta, mas pouco se falar dela nas biografias de São Francisco de Assis.

            O Jovem Francisco era de família rica e ele vivia uma cultura de esbanjamento e ostentações da juventude da época. Não demostrava interesse nos negócios de seu pai, muito menos nos estudos. Francisco tinha o sonho de ascender na classe social, tornando-se um nobre, então tornou-se cavaleiro.

            Quando Francisco estava com seus vinte anos, iniciou-se uma guerra entre as cidades italianas Perugia e Assis. Ele lutou na guerra entre as duas cidades e, após Assis ser derrotada, ele se tornou prisioneiro. Depois foi resgatado por seus familiares e pensou novamente em retornar à guerra, mas em 1204, caiu enfermo e ouviu a voz de Deus que lhe disse em sonho: “Francisco, a quem é melhor servir, ao amo ou ao Criador?”. Ele respondeu que ao amo. “Porque, então, transformas o amo em Criador?”

            Assim inicia-se o processo de conversão, no qual ele vai se afastando dos amigos, intensifica a vida de meditação, orações e vive na companhia dos pobres e dos leprosos.  Um dia na Igrejinha de São Damiano, meditando ouve a voz de Cristo que diz "Francisco, reconstrói a minha Igreja” (BOAVENTURA, São. LEGENDA MAIOR. 2,1). Enquanto restaurava a Igreja de São Damião, ele dizia: "Um dia haverá ali um convento de religiosas, em cujo nome se glorificará o Senhor e a Igreja". A profecia se confirmou cinco depois com Santa Clara e suas religiosas.

            Neste processo de conversão, São Francisco também buscava a leitura do Evangelho e, consequentemente, dava especial atenção aos pobres. Um dia, decidiu dar aos pobres os tecidos do pai. O pai, ao saber, o levou até a autoridade do bispo e exigiu que devolvesse. Ávido pela ganância, o pai pediu que renunciasse sua herança. Francisco então renunciou a toda a herança e disse: "As roupas que levo pertencem também a meu pai, tenho que devolvê-las". Em seguida se desnudou e entregou suas roupas a seu pai, dizendo-lhe: “Até agora tu tens sido meu pai na terra, mas agora poderei dizer: ‘Pai nosso, que estais nos céus’.” Deste dia em diante, Francisco passou a viver com simplicidade, pedia esmola, comida e pedras, porque se dedicava a reconstrução das Igrejas em ruínas como a Igreja de São Damião, Igreja de São Pedro e Santa Maria dos Anjos. Alguns achavam que havia se tornado louco, perdido a razão, mas por traz de todas as decisões do jovem Francisco estavam uma experiência profunda de Deus.

            Em 24 de fevereiro de 1208, na missa na Igreja Nossa Senhora dos Anjos, na Porciúncula, ele escutou o Evangelho no qual Jesus envia o discípulo à missão: "Ide a pregar, dizendo: o Reino de Deus tinha chegado. Dai gratuitamente o que haveis recebido gratuitamente. Não possuas ouro, nem duas túnicas, nem sandálias...”. Após a orientação do sacerdote ele disse: “É isso que eu quero, isso que procuro, é isso que eu desejo de todo meu coração” (1Cel 9,22). Francisco tirou suas sandálias, seu cinturão, sua túnica de eremita, colocou uma túnica de camponês e colocou uma corda na cintura. Descalços torna-se um pregador ambulante, anunciando a Paz e Bem. Durante o ano de 1208, surgiram os primeiros dez discípulos que, segundo registram alguns documentos, “Foram homens de tão grande santidade que, desde os Apóstolos até hoje, não viu o mundo homens tão maravilhosos e santos”.

            O próprio Francisco disse em testamento: “Aqueles que vinham abraçar esta vida, distribuíam aos pobres tudo o que tinham. Contentavam-se só com uma túnica, uma corda e um par de calções, e não queriam mais nada”.

            Em 1209, São Francisco de Assis redigiu uma regra pequena e informal. Esta regra era, na sua maioria, os conselhos evangélicos, a que pudessem alcançar a perfeição e foram à Roma apresentá-la ao Sumo Pontífice.

          A santidade de São Francisco de Assis lhe angariou muitos discípulos e atraiu também a jovem Clara que, em 1212, com seus 17 anos, deixava a família e na Igreja Nossa Senhora dos Anjos, na Porciúncula fazia um voto de consagração a Deus, cortando os cabelos, diante de São Francisco  e os companheiros.  Nascia assim a Ordem Segunda dos Franciscanos, as Clarissas.

            Sua humildade não consistia simplesmente no desprezo sentimental de si mesmo, mas na convicção de que "Ante os olhos de Deus, o homem vale pelo que é e não mais". Considerando-se indigno do sacerdócio, São Francisco de Assis apenas chegou a receber o diaconato. Detestava de todo coração o exibicionismo. Ele tinha proximidade com a natureza. Seu amor universalista abrangia toda a Criação, e simbolizava um retorno a um estado de inocência, pois tinha consciência de que Deus é o Sumo Bem e que toda criação provém de Dele.

 A Espiritualidade de São Francisco

            Espiritualidade São Francisco de Assis é fruto de uma experiência e contato com evangelho de Nosso Senhor. É uma espiritualidade cristocêntrica, na qual toda a sua compreensão pelo sagrado está no encontro com Jesus. Resumem-se em três instâncias a representação da revelação e a Missão de Cristo, sendo elas:

1. A ENCARNAÇÃO - O Filho de Deus sendo rico, estando no céu, deixa sua riqueza para vir ao encontro do homem. Deus presenteia o homem com a vida do Salvador, por isso o natal será significativo para São Francisco por fazer memória à bondade e misericórdia de Deus.

1. A PAIXÃO – São Francisco de Assis contempla o amor de Cristo à humanidade na cruz, se doa plenamente por amor ao homem. Ele compreende uma espiritualidade onde os sofrimentos da vida presente, as cruzes diárias e as enfermidades são oportunidades de nos assemelharmos a Cristo, que sofreu na cruz para nos salvar.

1. A RESSURREIÇÃO - Que Cristo está vivo por meio de seu Espirito Santo e a Igreja é o lugar de ação do Espirito Santo. Por isso, seu amor ao sacramento, amor à Palavra de Deus, amor à Igreja ao Santo Padre, o Papa, são meios de estarmos em comunhão com Deus.

O dom da profecia, milagres e sabedoria de Deus.

            Profecia/Milagres: Curou, com um beijo, o câncer que havia desfigurado o rosto de um homem. São Boaventura comentou para São Francisco de Assis: "Não se há que admirar mais o beijo do que o milagre?"

            Dom da sabedoria: Certa vez, um frade lhe pediu permissão para estudar. Francisco respondeu que, se o frade repetisse com amor e devoção a oração "Glória ao Pai", se tornaria sábio aos olhos de Deus.

Fundação da Ordem dos Frades

            Os estigmas de São Francisco de Assis: Dois anos antes de sua morte, tendo Francisco ido ao Monte Alverne, pôs-se em oração fervorosa e foi objeto de uma graça insigne.  Na figura de um serafim de seis asas apareceu-lhe Nosso Senhor crucificado que, depois de entreter-se com ele em doce colóquio, partiu deixando-lhe impressos no corpo os sagrados estigmas da Paixão. Estando muito doente, foi levado à Porciúncula, dois anos depois. Morreu no dia 04 de outubro de 1226, com de 44 anos, após escutar a leitura da Paixão do Senhor. Ele foi canonizado dois anos depois de sua morte, em 1228, pelo Papa Gregório IX. Sua festa é celebrada em 04 de outubro.

Oração a São Francisco de Assis

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.

Onde houver ódio, que eu leve o amor;

Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;

Onde houver discórdia, que eu leve a união;

Onde houver dúvida, que eu leve a fé;

Onde houver erro, que eu leve a verdade;

Onde houver desespero, que eu leve a esperança;

Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;

Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, fazei que eu procure mais

Consolar, que ser consolado;

compreender, que ser compreendido;

amar, que ser amado.

Pois, é dando que se recebe,

é perdoando que se é perdoado,

e é morrendo que se vive para a vida eterna.

     Entre os dias 12 e 16 de setembro, aconteceu o Capítulo da Custódia Imaculada Conceição, dos Frades Franciscanos Conventuais do Rio de Janeiro. O Capítulo ocorreu  na Cidade de Santos Dumont, próxima a Juíz de Fora (MG), no Seminário Seráfico dos Frades Menores (OFM). Estavam presentes o Assistente Geral da América Latina, Fr. Rogério Xavier (OFM.Conv.), os Ministro Provinciais Fr. Michael Heine (OFM.Conv.), dos Estados Unidos; Fr.Gilberto de Jesus (OFM.Conv.), da Província São Maximiliano Kolbe de Brasília e o Fr. Jose Hugo (OFMConv.), da Província São Francisco  de Assis de São Paulo. A  Custódia  Imaculada  Conceição do Rio de Janeiro tem sua presença  como a mais antiga do Brasil,  iniciada  em 1946, somando 76 anos de presença jurisdicional. No dia 15 de setembro, quinta-feira,  elegeu o  novo Custódio, o Fr. Carlos Charles. Rezemos a Deus para que  o novo  Ministro Custodial  possa levar à frente essa importante  missão dada por Deus na eleição dos irmãos!