Artigos

Província

Província

A Província São Maximiliano M.Kolbe celebrou no dia 02 de agosto de 2023 a festa de Nossa Senhora dos Anjos. A celebração foi realizada na Casa de Formação de Nossa Senhora dos Anjos, em Santa Maria DF. Estiverem presentes frades da Província, o Ministro Provincial fr.Gilberto, os formandos do Postulantado, o Pré-noviciado, os  frades professos e as pessoas da comunidade.

A festa do Perdão de Assis- As indulgências plenárias

Está festa celebra no dia 02 de agosto, a Festa do Perdão de Assis, Santa Maria dos Anjos da Porciúncula, segundo testemunhou Bartolomeu de Pisa, a origem da Indulgência da Porciúncula se deu assim: “Em uma noite linda , do ano do Senhor de 1216, Francisco estava intimamente compenetrado na oração e na contemplação estava mesmo ali na pequena ermida dedicada a Virgem Mãe de Deus, conhecida como igrejinha da Porciúncula, localizada em uma planície do Vale de Espoleto, perto de Assis, quando, de repente, a igrejinha ficou tomada de uma luz vivíssima jamais vista antes, e Francisco viu sobre o altar o Cristo e à sua direita a sua Mãe Santíssima, acompanhados de uma multidão de anjos. Francisco ficou em silêncio e começou a adorar o seu Senhor. Perguntaram-lhe, então, o que ele desejava para a salvação das almas. Francisco tomado pela graça de Deus que ama incondicionalmente, responde: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero, o pior dos pecadores, te peço, que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão visitar esta Igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”.

O Senhor lhe disse: “Ó Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho, portanto, o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (Papa)”. E não tardou muito, Francisco se apresentou ao Papa Honório III que, naqueles dias encontrava-se em Perugia e com candura lhe narrou a visão que teve. O Papa o escutou com atenção e, depois de alguns esclarecimentos, deu a sua aprovação e perguntou: “Por quanto anos queres esta indulgência”? Francisco, respondeu-lhe: “Pai santo, não peço por anos, mas por almas”. E feliz, se dirigiu à porta, mas o Pontífice o reconvocou: “Francisco, não queres nenhum documento”? E Francisco respondeu-lhe: “Santo Pai, de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas”. E poucos dias mais tarde, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse entre lágrimas: “Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!”

 

 

Domingo de Ramos

O Domingo de Ramos abre, por excelência, a Semana Santa, pois celebra a entrada triunfal de Jesus Cristo, em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão, a Morte e a Ressurreição. Este domingo é chamado assim, porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão por onde o Senhor passaria montado num jumento. Com isso, Ele despertou, nos sacerdotes da época e mestres da Lei, inveja, desconfiança e medo de perder o poder. Começa, então, uma trama para condená-Lo à morte. A liturgia dos ramos não é uma repetição apenas da cena evangélica, mas um sacramento da nossa fé, na vitória do Cristo na história, marcada por tantos conflitos e desigualdades.

Segunda-feira Santa

Neste dia, proclama-se, durante a Missa, o Evangelho segundo São João. Seis dias antes da Páscoa, Jesus chega a Betânia para fazer a última visita aos amigos de toda a vida. Está cada vez mais próximo o desenlace da crise. “Ela guardava este perfume para a minha sepultura” (cf. João 12,7); Jesus já havia anunciado que Sua hora havia chegado. A primeira leitura é a do servo sofredor: “Olha o meu servo, sobre quem pus o meu Espírito”, disse Deus por meio de Isaías. A Igreja vê um paralelismo total entre o servo de Javé cantado pelo profeta Isaías e Cristo. O Salmo é o 26: “Um canto de confiança”.

Terça-feira Santa

A mensagem central deste dia passa pela Última Ceia. Estamos na hora crucial de Jesus. Cristo sente, na entrega, que faz a “glorificação de Deus”, ainda que encontre, no caminho, a covardia e o desamor. No Evangelho, há uma antecipação da Quinta-feira Santa. Jesus anuncia a traição de Judas e as fraquezas de Pedro. “Jesus insiste: ‘Agora é glorificado o Filho do homem e Deus é glorificado nele’”. A primeira leitura é o segundo canto do servo de Javé; nesse canto, descreve-se a missão de Jesus. Deus o destinou a ser “luz das nações, para que, a salvação alcance até os confins da terra”. O Salmo é o 70: “Minha boca cantará Teu auxílio.” É a oração de um abandonado, que mostra grande confiança no Senhor.

Quarta-feira Santa

Em muitas paróquias, especialmente no interior do país, realiza-se a famosa “Procissão do Encontro” na Quarta-feira Santa. Os homens saem, de uma igreja ou local determinado, com a imagem de Nosso Senhor dos Passos; as mulheres saem de outro ponto com Nossa Senhora das Dores. Acontece, então, o doloroso encontro entre a Mãe e o Filho. O padre proclama o célebre “Sermão das Sete Palavras”, fazendo uma reflexão, que chama os fiéis à conversão e à penitência.

Quinta-feira Santa

Santos óleos – Uma das cerimônias litúrgicas da Quinta-feira Santa é a bênção dos santos óleos usados durante todo o ano pelas paróquias. São três os óleos abençoados nesta celebração: o do Crisma, dos Catecúmenos e dos Enfermos. Ela conta com a presença de bispos e sacerdotes de toda a diocese. É um momento de reafirmar o compromisso de servir a Jesus Cristo.

Lava-pés – O Lava-pés é um ritual litúrgico realizado, durante a celebração da Quinta-feira Santa, quando recorda a última ceia do Senhor. Jesus, ao lavar os pés dos discípulos, quer demonstrar Seu amor por cada um e mostrar a todos que a humildade e o serviço são o centro de Sua mensagem; portanto,  esta celebração é a maior explicação para o grande gesto de Jesus, que é a Eucaristia. O rito do lava-pés não é uma encenação dentro da Missa, mas um gesto litúrgico que repete o mesmo gesto de Jesus. O bispo ou o padre, que lava os pés de algumas pessoas da comunidade, está imitando Jesus no gesto; não como uma peça de teatro, mas como compromisso de estar a serviço da comunidade, para que todos tenham a salvação, como fez Jesus.

Instituição da Eucaristia – Com a Santa Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde ou na noite da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e faz memória da Última Ceia, quando Jesus, na noite em que foi traído, ofereceu ao Pai o Seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou aos apóstolos para que os tomassem, mandando-os também oferecer aos seus sucessores. A palavra “Eucaristia” provém de duas palavras gregas “eu-cháris”, que significa “ação de graças”, e designa a presença real e substancial de Jesus Cristo sob as aparências de Pão e Vinho.

Instituição do sacerdócio – A Santa Missa é, então, a celebração da Ceia do Senhor, quando Jesus, num dia como hoje, véspera de Sua Paixão, “durante a refeição, tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: ‘Tomai e comei, isto é meu corpo’.” (cf. Mt 26,26). Ele quis, assim como fez na última ceia, que Seus discípulos se reunissem e se recordassem d’Ele abençoando o pão e o vinho: “Fazei isto em memória de mim”. Com essas palavras, o Senhor instituiu o sacerdócio católico e deu-lhes poder para celebrar a Eucaristia.

Sexta-feira Santa – A tarde da Sexta-feira Santa apresenta o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário. A cruz, erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança. Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que o transpassou o lado. Há um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da santa cruz, momento em que esta é apresentada solenemente à comunidade.

Via-sacra  – Ao longo da Quaresma, muitos fiéis realizam a Via-Sacra como uma forma de meditar o caminho doloroso que Jesus percorreu até a crucifixão e morte na cruz. A Igreja nos propõe esta meditação para nos ajudar a rezar e a mergulhar na doação e na misericórdia de Jesus que se doou por nós. Em muitas paróquias e comunidades, são realizadas a encenação da Paixão, da Morte e da Ressurreição de Jesus Cristo por meio da meditação das 14 estações da Via-Crucis.

Sábado Santo

O Sábado Santo não é um dia vazio, em que “nada acontece”. Nem uma duplicação da Sexta-feira Santa. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo que pode ir uma pessoa. O próprio Jesus está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de Seu último grito na cruz – “Por que me abandonaste?” –, Ele cala no sepulcro agora. Descanse: “tudo está consumado!”.

Vigília Pascal –  Durante o Sábado Santo, a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando Sua Paixão e Morte, Sua descida à mansão dos mortos, esperando, na oração e no jejum, Sua Ressurreição. Todos os elementos especiais da vigília querem ressaltar o conteúdo fundamental da noite: a Páscoa do Senhor, Sua passagem da morte para a vida. A celebração acontece no sábado à noite. É uma vigília em honra ao Senhor, de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (cf. Lc 12,35-36), tenham acesas as lâmpadas, como os que aguardam seu senhor chegar, para que, os encontre em vigília e os convide a sentar à sua mesa.

Bênção do fogo – Fora da Igreja, prepara-se a fogueira. Estando o povo reunido em volta dela, o sacerdote abençoa o fogo novo. Em seguida, o Círio Pascal é apresentado ao sacerdote. Com um estilete, o padre faz nele uma cruz, dizendo palavras sobre a eternidade de Cristo. Assim, ele expressa, com gestos e palavras, toda a doutrina do império de Cristo sobre o cosmos, exposta em São Paulo. Nada escapa da Redenção do Senhor, e tudo – homens, coisas e tempo – estão sob Sua potestade.

Procissão do Círio Pascal – As luzes da igreja devem permanecer apagadas. O diácono toma o Círio e o ergue, por algum tempo, proclamando: “Eis a luz de Cristo!”. Todos respondem: “Demos graças a Deus!”. Os fiéis acendem suas velas no fogo do Círio Pascal e entram na igreja. O Círio, que representa o Cristo Ressuscitado, a coluna de fogo e de luz que nos guia pelas trevas e nos indica o caminho à terra prometida, avança em procissão.

Proclamação da Páscoa – O povo permanece em pé com as velas acesas. O presidente da celebração incensa o Círio Pascal. Em seguida, a Páscoa é proclamada. Esse hino de louvor, em primeiro lugar, anuncia a todos a alegria da Páscoa, a alegria do Céu, da Terra, da Igreja, da assembleia dos cristãos. Essa alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas. Terminada a proclamação, apagam-se as velas.

Liturgia da Palavra – Nesta noite, a comunidade cristã se detém mais que o usual na proclamação da Palavra. As leituras da vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor chave é a que nos deu o próprio Cristo: “E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes (aos discípulos de Emaús) o que dele se achava dito em todas as Escrituras” (Lc 24, 27).

Domingo da Ressurreição

É o dia santo mais importante da religião cristã. Depois de morrer crucificado, o corpo de Jesus foi sepultado, ali permaneceu até a ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. Do hebreu “Peseach”, Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade. A presença de Jesus ressuscitado não é uma alucinação dos Apóstolos. Quando dizemos “Cristo vive” não estamos usando um modo de falar, como pensam alguns, para dizer que vive somente em nossa lembrança.

A Boa Nova na comunidade fraterna

       Cada comunidade fraterna oferece a oportunidade de viver o Evangelho. O Espírito Santo nos chama a viver em comunhão, reunindo os fiéis que Ele inspira com o amor de Deus. Só este amor é capaz de unir muitos discípulos, permitindo-lhes viver em unidade. Portanto, o primeiro objetivo e missão de quem vive em comunidade é tornar-se "uma célula de intensa comunhão fraterna que seja sinal e alento para todos os batizados" (Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, A vida fraterna na comunidade 2b) e sinal eficaz de evangelização (cf. Ibid 54-56).

       De modo semelhante raciocinava São Francisco de Assis, dando grande ênfase à fraternitas , isto é, à comunidade fraterna. Esta era constituída por irmãos obedientes ao Espírito Santo, que viviam na pobreza e na castidade, desejosos de servir uns aos outros, não só a si mesmos. Assim, em espírito de fraternidade, abriam-se a pessoas fora do Convento, fora do seu círculo de convivência, do seu país ou da Igreja. Eles também viam todas as coisas como "irmãs" e estavam convencidos de que toda a criação tem como referência Cristo, o Irmão por excelência. O amor mútuo permitiu-lhes também acolher e amar todas as pessoas que encontravam, olhar com admiração e alegria toda a obra de Deus que continua a crescer diante dos nossos olhos (Cf. Cântico do Irmão Sol ).

       Também não é surpreendente que Francisco, nos escritos que deixou, como a Regla no bullada, o Testamento, a Carta a toda a Ordem, se referisse dez vezes a uma comunidade fraterna na qual todos eram percebidos como um dom de Deus. Nesse espírito, Francisco nunca promoveu o individualismo. Portanto, quando era necessário enviar alguém para pregar, ele enviava pelo menos dois irmãos juntos. Ele estava convencido de que o trabalho de evangelização é um trabalho comunitário, no qual alguém prega e outro oferece orações e sacrifícios para esse fim. Quanto à oração, vale lembrar que Francisco não deixou de fora seus irmãos que não podiam ir aos pagãos. Ele mesmo, de fato, estava extremamente convencido de que, por meio da oração e das boas obras, os demais, os religiosos mais humildes, poderiam participar dos méritos de qualquer apostolado eficaz realizado pelos irmãos destinados a pregar e converter os infiéis (Cf. 2Cel 164 ). Essa abordagem “orgânica” do desafio do trabalho missionário também foi representada nos tempos modernos. O documento de Santo Domingo afirma que somente uma comunidade que se deixa evangelizar, se submete à ação do Espírito Santo, compartilha a fé, busca a unidade na riqueza de seus vários carismas, vive o amor fraterno e é capaz de evangelizar (Cf Santo Domingo, Conclusões 23).

       Um eco deste raciocínio também pode ser encontrado no ensinamento do Papa São João Paulo II, que escreveu sobre a necessidade de uma “conversão radical da mentalidade para se tornar missionários, e isso é válido tanto para indivíduos como para comunidades. O Senhor chama-nos sempre a sair de si mesmo, a partilhar com os outros os bens que temos, a começar pelo mais precioso, que é a fé.[...] Só tornando-se missionário é que a comunidade cristã poderá superar as divisões e tensões internas e recupere sua unidade e seu vigor de fé” (João Paulo II, Redemptoris Missio 49). De fato, "a vida de comunhão será assim um sinal para o mundo e uma força atrativa que leva à crença em Cristo" (João Paulo II, Vita Consecrata 46). A história nos mostrou que São Francisco lutou por esse tipo de vida, e é também do que fala o ensinamento atual da Igreja quando aborda o tema da fraternidade missionária.

Frei Dariusz MAZUREK
Delegado Geral para a Animação Missionária

                 No dia 20 de março, festa de São José, o esposo da Bem-Aventurada Virgem Maria, o Frei André Salomão Mendes Alves (OFMConv), da Província São Maximiliano Kolbe do Brasil, recebeu o ministério de acólito pelas mãos do vigário da província de Gdańsk, Frei Andrzej Lengenfeld. Os frades Marek, Rafał, Piotr, Paweł, Władysław, Michał e Grzegorz do seminário franciscano localizado em Łodż Łagiewniki na Polônia, receberam o ministério de leitores. Rezemos para que o serviço litúrgico dos nossos irmãos dê muitos frutos.

 

Ministérios menores

                 Em virtude do sacramento do batismo, todos os fiéis participam na missão sacerdotal, profética e real de Cristo, que vive e atua constantemente na Igreja pela força do Espírito Santo. O sacramento do batismo imprime um caráter que consagra, capacita e habilita os cristãos a servirem a Deus mediante a participação viva na sagrada liturgia da Igreja. Entre eles, o ministério de leitor e acólito tem um lugar especial.

                Em cada igreja há um altar sobre o qual Deus desce em sua Palavra. Este altar é o altar da palavra, conhecido como ambão. Ao ler uma passagem da Bíblia no ambão, Deus é pregado em Sua Palavra. Essa função pertence ao leitor - aquele que lê.

                Há mais um altar no prespitério. O altar onde Deus transforma pão e água em sua própria carne e sangue. Bispos e sacerdotes que estão lá "in persona Christi" são chamados a servir neste altar agindo “dentro da pessoa de Cristo”; caso contrário, eles não poderiam dizer "este é o meu corpo". Os acólitos são chamados para servir no altar-mor como auxiliares do sacerdote. Durante a Santa Missa, o acólito encarrega-se de preparar os livros, colocar os vasos litúrgicos no altar e, se necessário, servir também como ministro da Sagrada Comunhão.

                As tarefas do acólito, que consistem em ajudar os presbíteros e os diáconos no serviço litúrgico da Igreja, estendem-se à vida cotidiana da comunidade. O acólito deve abraçar todo o Corpo Místico de Cristo com seu amor, e cuidar especialmente dos mais necessitados, oferecendo espiritual adequado. Ele leva a Eucaristia para as pessoas que não podem ir à igreja e querem a Sagrada Comunhão. Em casos especiais, pode expor o Santíssimo Sacramento à adoração sem dar a bênção.

                Todos os candidatos ao sacramento da Ordem, durante a formação no seminário, em um determinado momento serão leitores e acólitos instituídos; uma vez que a realização desses serviços é necessária para se preparar adequadamente para a recepção do sacramento da Ordem. No entanto, a instiuição destes ministérios não consistem em uma “check-list” ou etapas obrigatórias e burocráticos. O leitorado e o acólito são uma forma de cumprir sua a vocação de vida na Igreja.

                Há de se lembrar que o Papa Paulo VI recomendou que fossem nomeados para estes ministérios leigos que vivem no mundo, e não apenas candidatos ao sacramento da Ordem. Código de Direito Canônico no cân. 230 § 1 estabelece: Os leigos, tendo a idade e as qualificações determinadas pela ordem da Conferência Episcopal, podem ser admitidos permanentemente, prescritos pelo rito litúrgico, ao ministério de leitor e acólito, mas a concessão desses serviços não lhes confere o direito à manutenção ou remuneração da Igreja.

Frei André Salomão, OFMConv.

 

     Entre os dias 20 e 24 de março, aconteceu o Retiro da Região Nordeste, em Aracaju (SE). A Delegação Santo Antônio da Província São Maximiliano Maria Kolbe é composta pelos frades que moram em João Pessoa (PB), Candeias (BA) e Feira de Santana (BA). O Pregador do Retiro foi o Frei Marconi Lins Araújo (OFM) e também contaram com a presença de Dom Frei João José da Costa, Arcebispo da Arquidiocese de Aracaju.

      Rezemos para que estes dias de retiro de nossos frades renovem a disposição de testemunhar a fé, como fez São Francisco de Assis.

No dia 20 de março, recordamos o aniversário de 12 anos de morte de Dom Frei Agostinho Stefan Januszewicz, OFM.Conv.

Abaixo, uma pequena linha do tempo com os principais acontecimentos da vida de Dom Agostinho.

29 de novembro de 1930 – Nasce Stefan Januszewicz, filho de Piotr e Anna Januszewicz, na cidade de Podwójponie, Polônia.
1939 – Recebe a Primeira Comunhão.
Abril de 1944 – Enviado para a Prússia oriental para trabalhos forçados.
Agosto/setembro de 1948 – entrada no Seminário Menor de Niepokalanów.
30 de agosto de 1950 – Inicia o noviciado. Recebe o nome religioso de Agostinho.
31 de agosto de 1951 – Primeira profissão dos conselhos evangélicos de obediência, pobreza e castidade
4 de outubro de 1954 – Profissão solene.
3 de agosto de 1958 – Ordenação Presbiteral.
29 de setembro de 1958 – Nomeado mestre de noviciado.
11 de junho de 1966 – Recebe o título de Doutor em Teologia.
25 de março de 1972 – Faz o pedido oficial para ir para as missões.
1º de setembro de 1974 – Recebe a cruz missionária do Ministro Provincial Mariusz Paczóski.
4 de setembro de 1974 – Recebe, em Niepokalanów, dois quadros de São Maximiliano, que trouxe para o Brasil.
6 de setembro de 1974 – Saída da Polônia para a Itália.
5 de outubro de 1974 – Saída de Gênova, Itália, para o Brasil, via Espanha.
16 de outubro de 1974 – Chegada ao Brasil.
18 de janeiro de 1975 – Recebe, no Rio de Janeiro, a primeira turma de missionários: Fr. Marcos, Fr. Francisco, Fr. Eusébio e Fr. Edmundo Grabowiecki (falecido).
15 de março de 1977 – Oficializa a compra do terreno do Jardim da Imaculada.
8 de dezembro de 1977 – Bênção da primeira imagem de Nossa Senhora do Jardim da Imaculada.
Janeiro de 1979 – Lança a primeira edição da revista Cavaleiro da Imaculada.
17 de outubro de 1983 – Nomeado primeiro superior da recém-criada Custódia São Maximiliano Maria Kolbe.
maio de 1987 – Deixa o cargo de redator do Cavaleiro da imaculada.
29 de março de 1989 – Nomeado primeiro bispo da recém-criada Diocese de Luziânia.
10 de junho de 1989 – Sagração Episcopal.
15 de setembro de 2004 – Deixa o governo da Diocese de Luziânia.
11 de janeiro de 2005 – Chega à cidade de Juruá, no Amazonas, como missionário.
março de 2008 – Passa por intervenção cirúrgica em Manaus-AM, devido constatação de câncer no intestino.
maio de 2008 – Retorna a Brasília para continuar o tratamento.
Junho de 2008 – Viaja para a Polônia para celebrar o Jubileu de ordenação sacerdotal.
3 de agosto de 2008 – Jubileu de ouro de ordenação presbiteral.
setembro de 2008 – Retorno ao Brasil.
Janeiro de 2009 – Passa por nova cirurgia com complicações. Permanece hospitalizado até o mês de maio.
maio de 2008 – Recebe alta médica e fica em Anápolis, sob os cuidados de Dom Frei João Wilk.
9 de julho 2010 – Retorno para Brasília.
25 de agosto de 2010 – Manifesta por escrito seu desejo de retornar a Juruá, mesmo tendo conhecimento de seu estado de saúde.
26 de setembro de 2010 – Retorna para Juruá.
20 de março de 2011 – Falece Dom Frei Agostinho Januszewicz, na cidade de Juruá.

O Santuário São Francisco de Assis, localizado na SGAN 915 Norte, em Brasília, é confiado aos frades da Província São Maximiliano M. Kolbe e receberá o título de Basílica Menor no dia 13 de maio de 2023, na missa será às 18h.
“O papa Francisco concedeu o título de Basílica Menor ao Santuário São Francisco de Assis, a pedido do Cardeal Dom Paulo César, Arcebispo da Arquidiocese de Brasília e esse pedido contou com o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
A confirmação da elevação do Santuário São Francisco de Assis à Basílica Menor foi assinada em 6 de dezembro de 2022, pelo prefeito do Discastério do Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Arthur Roche, e pelo Secretário, Dom Vitório Francisco Viola.
A Basílica Menor será o local onde a igreja particular, no caso, a igreja particular de Brasília, se reúne para lograr indulgências plenárias, sobretudo em muitos momentos durante o ano.
Ela será a primeira Basílica Menor em Brasília e vai cuidar da liturgia, da dimensão celebrativa, da devoção a São Francisco de Assis e transmitir o Magistério da Sé apostólica e ensinamento do Santo Padre. O Santuário São Francisco de Assis é datado de 1981, quando surgiu como um pequeno barraco de madeira.

 

Segunda, 13 Março 2023 16:11

Encontro Vocacional Provincial

     Nos dias 11 e 12 de março, aconteceu o Encontro Vocacional da Província São Maximiliano Maria Kolbe. Estiveram presente cerca de 37 jovens participantes. O encontro ocorreu na Casa de Descanso e Eremitério São Miguel Arcanjo, em Planaltina (DF) e foi promovido pelo Serviço de Animação Vocacional (SAV), pelo qual os frades do Seminário São Francisco de Assis são os responsáveis, orientados pelo Frei Marcos Pereira (OFMConv).
     Que a voz de Deus inspire os corações dos jovens a compreender sua vocação “Quem enviarei? Quem irá por nós?”, e eu respondi: “Eis-me aqui, enviai-me!” (Is 6,8). Que o convite de Cristo, preencha o coração de cada um para o real discernimento de seu chamado. “Aquele que deixar casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras por amor de mim, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna” . (Mt 19,29).

Quinta, 09 Março 2023 19:27

Um sinal de esperança

     O Carisma Franciscano ainda tem despertado homens e mulheres para uma vivência frutuosa dos valores do Evangelho. A chamada semente franciscana encontra corações generosos que de forma autêntica e corajosa anuncia a possibilidade de um novo humanismo.

     Segundo Murray Bodo (OFM), os ensinamentos de São Francisco permitem imaginar outro futuro que gera esperança; pois a esperança é a graça de imaginar um futuro mais positivo, mais amoroso e mais alegre do que a realidade atual. Essa esperança brota de atitudes concretas inspiradas nos grandes gestos de generosidade de Jesus Cristo. É dentro desse contexto que homens e mulheres animados pelos sentimentos evangélicos renovam o mundo com atitudes franciscanas que preserve toda obra do Criador.

     A espiritualidade Franciscana é a espiritualidade do cuidado, com essas inspirações, o franciscano secular tomam atitudes de promover a vida em seus diversos ambientes e realidades. Por isso, tem uma atitude de responsabilidade frente à natureza, pois percebe em todo criado a mão de Deus se realiza de forma prática a chamada reologia da criação.

     Mesmo reconhecendo os males no mundo, o franciscano secular expressa toda responsabilidade pelo mundo e implanta a teologia da alegria. Porque uma das notas mais simpáticas e atraentes em Francisco é sua alegria. É o santo por excelência o santo da alegria. Tendo essa herança deixada por Francisco a todos os irmãos são chamados a apresentar essa alegria para acabar de vez com que tem jogado muitos homens e mulheres no vazio existencial.

     Pertencer a Ordem Franciscana, mas precisamente a ordem franciscana Secular e ter o espírito da paz. O saudoso frei Hugo Baggio, OFM, recordou que Francisco, ao fundar a Ordem Terceira, prescreveu-lhe a deposição de armas, de qualquer instrumento de defesa, que poderia ser causa de morte para o outro. Desarmou os valentes homens de seu tempo que pensavam resolver tudo pela violência. Ao desarmá-los fisicamente, desarmou-os também espiritualidade. A dimensão franciscana da paz é uma universal e deve ser aplicada em todas as culturas.

     Não pode faltar a qualquer franciscano o espírito de penitência. Francisco foi o homem da penitência e de oração. A penitência para Francisco foi um caminho para educar as paixões, principalmente o egoísmo. Em uma sociedade de espetáculo a egoísmo é uma força viva que gera um profundo atraso para a coletividade. O Francisco Secular pode encontrar em São Francisco um convite a purificar seus egoísmos, evitar as paixões através de pequenos gestos da gratuidade e partilha dos valores evangélicos e sendo uma presença solidaria na sociedade.

     O espírito de pobreza talvez seja a voz mais profética dentro de uma sociedade que, sempre mais se afunda na busca do bem-estar material e do conforto, valorizando um capitalismo selvagem que devora vidas. Francisco ao renunciar aos bens materiais mostrou para todos o que consiste na verdadeira riqueza. Ele teve consciência que a única e verdadeira riqueza é o amor que permite viver constantemente unido seu ao Deus de Jesus Cristo.

     Francisco havia renunciado a seu pai, a seu patrimônio e abraçado a Deus como todo. Foi esse ato chocante e radical que deu o tom ao modo como Francisco seguiu o Cristo pobre, humilde e crucificado, que se esvaziou de sua condição divina para habitar no seio da humanidade e amor incondicionalmente todos. Em uma realidade de distanciamento nas relações humanas ou melhor, de esfriamento, ter o espírito do santo de Assis e valorizar os valores humanos e divino que são geradores de sentido e alegria, com isso, o sinal da esperança evangélica continua viva e renasce em cada coração de boa vontade.

  

Pesquisado e escrito por Frei Fernando de Araújo, OFMconv.

Terça, 07 Março 2023 13:03

Retiro Provincial da Região Norte

       Entre os dias 06 e 10 de fevereiro, acontece o Retiro dos Frades da Região Norte. O evento acontece em, na Casa de Retiro Vicentecanãs, em Manaus (AM). Como pregador, o retiro conta com a presença de Dom Tadeu Canavarros, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Manaus.

       O tema proposto nestes dias de reflexão e a CAMPANHA DA FRATERNIDADE: DALHE VÓS MESMOS DE COMER, com um foco especial sobre o valor da Eucaristia. Participam do Retiro os frades da Província São Maximiliano das paróquias de Manaus, Cacau Pireira, Juruá e Tefé!

       Rezemos para que Senhor sempre fortaleça a vocação de nossos frades missionários no Amazonas!

Segunda, 06 Março 2023 19:31

Convite para pregar

       A voz de Cristo ouvida por Francisco em São Damião, que o chama a reparar a Igreja, segundo a narração de Tomás de Celano (cf. 2Cel 10), referia-se à missão que o nosso Santo devia desempenhar na Igreja universal. De fato, a história mostra que Jesus não queria apenas que algumas igrejas próximas fossem reconstruídas; Quando chegaram os primeiros irmãos, Francisco entendeu que a tarefa que tinha a cumprir era universal, uma tarefa que dizia respeito não só à salvação de si mesmos, mas também de outras pessoas.
       Nenhum diretor espiritual o ajudou a descobrir essa tarefa, mas ele foi instruído pelo próprio Deus sobre como deveria viver. O Evangelho tornou-se o seu ponto de referência. Ele mesmo expressa isso em sua Vontade: “…ele teve que viver de acordo com a forma do santo Evangelho” (Test. 14). Exatamente em 1208, durante a Eucaristia, ouviu as palavras sobre o envio dos discípulos por Jesus. Poderia ter sido um texto do Evangelho segundo São Mateus, no qual Jesus envia os doze (cf. Mt. 10, 5-15), ou do Evangelho segundo São Lucas, que descreve o envio dos setenta e dois (cf. Lc. 10, 1-16).
       Referindo-se à citação de Mateus, São Buenaventura descreveu tal evento da seguinte forma: São Francisco, "quando em certa ocasião assistiu devotamente a uma missa que foi celebrada em memória dos apóstolos, aquele Evangelho foi lido no qual Cristo, enviando seus discípulos à pregação, traça-lhes o modo de vida evangélico que deviam observar, ou seja, que não possuam ouro nem prata, nem dinheiro na cintura, que não levem alforje para a viagem, nem usem duas túnicas nem calçados, nem se provirão de cana. Assim que ouviu estas palavras e compreendeu o seu significado, o amante da pobreza evangélica esforçou-se por gravá-las na sua memória e, cheio de alegria inexprimível, exclamou: «É isto que eu quero, é isto que desejo de todo o coração. !" E imediatamente ele tira os sapatos dos pés, joga fora o cajado, odeia bolsa e dinheiro e, contente com uma única túnica curta, desamarra a tanga e, em vez disso, cinge-se com uma corda, colocando nela toda a sua solicitude. realizando o que ouviu e em plena conformidade com o estilo de vida apostólico”. (LM III, 1) São Francisco, inspirado por estas palavras, em seu zelo apostólico foi guiado única e exclusivamente pelo amor, e sob sua inspiração quis discernir como servir ao Senhor e, ao mesmo tempo, responder com o próprio vida ao "Amor que não se ama". Além daquele dilema que surgiu em seu coração – dedicar-se à contemplação ou à ação – ele escolheu seguir Jesus. Por isso escolheu a vontade de Deus, desejando ao mesmo tempo mergulhar profundamente na missão de Cristo, vontade que em parte lhe foi revelada pelo Irmão Silvestre y Clara: "Tanto o venerável sacerdote como a virgem consagrada a Deus -inspirado pelo Espírito Santo- concordou de maneira admirável na mesma coisa, ou seja, que era da vontade divina que o arauto de Cristo saísse a pregar" (LM XII, 2). Sobre os primórdios da pregação falaremos na próxima vez...

 

Baseado em:
AEBY G., DELESTY H., CHAIGMAT B., Na escola de São Francisco , Barcelona 1968.
IRIARTE DE ASPURZ L., Vocação franciscana , Valencia 1975.
SCHMUCKI O., Descoberta gradual do modo de vida evangélico por Francisco de Asís , Selec. Fr. 46 (1987) 65-128.
Wczesne źródła franciszkańskie , vol. I-II, Varsóvia 1981.

 

Últimas Notícias

Mais notícias

Artigos

Ver todos os artigos
© 2022 Ordem dos Frades Menores. Todos os direitos reservados

 
Fale conosco
curia@franciscano.org.br